quarta-feira, 11 de julho de 2012

Andifes solicitará audiência com ministros para debater a greve

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), decidiu em reunião do Conselho Pleno, ontem (10), que vai solicitar uma audiência, para os próximos dias, com o ministro da educação, Aloizio Mercadante e com a ministra do planejamento Miriam Belchior. Os reitores querem buscar celeridade na negociação entre governo e os sindicatos dos trabalhadores em greve nas Universidades Federais e discutir a orientação do comunicado nº 552047/ 48, do Ministério do Planejamento, enviado aos departamentos de recursos humanos das universidades no último dia 06.

O pedido de audiência foi deliberado pelos reitores durante a reunião, na qual avaliaram as consequências ocasionadas pela paralisação de quase dois meses. O maior questionamento foi a respeito do fato de serem inexeqüíveis técnica e juridicamente as orientações dadas pelo secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, e pela secretária de Gestão Pública. Chamou a atenção dos reitores a ausência das assinaturas dos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão e Educação no expediente publicado.   

De acordo com o presidente da Andifes, reitor João Luiz Martins, é necessário ouvir o ministro Aloizio Mercadante, assim como a ministra Miriam Belchior, sobre as medidas que constam no comunicado enviado diretamente aos dirigentes de recursos humanos dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sem passar pelos reitores, dirigentes das universidades federais.

“O comunicado, em uma primeira análise, não acompanha as posições divulgadas pelo governo de diálogo e negociação em curso e desconhece a inexistência de registro de ponto para os docentes. Neste sentido, entre outras dúvidas jurídicas que precisam ser esclarecidas, a Andifes deliberou por encaminhar a solicitação de audiência com os dois ministros para que possamos debater a orientação deste comunicado, que certamente fere a autonomia das universidades”, disse o reitor.

A paralisação dos servidores e suas consequências foram assuntos também tratados ontem pela diretoria executiva da Associação, juntamente com os sindicatos dos professores, Andes e PROIFES e com o sindicato dos técnico-administrativos, Fasubra. Os representantes das categorias apresentaram um balanço da greve e colocaram a preocupação com a medida de corte salarial do governo.

A diretoria da Andifes, por sua vez, manifestou a preocupação com medidas extremas por parte de alguns e com as necessidades de cuidados com o patrimônio público e da manutenção das atividades essenciais nas universidades.

Diante desse cenário, a Andifes avaliou que o pedido de audiência com os representantes do governo será feito o mais rápido possível. A intenção é expor ao Governo a necessidade de um diálogo mais rápido e eficiente entre as partes envolvidas diretamente com a greve. Outra pauta discutida foi a necessidade de suspensão do calendário acadêmico, mas ficou entendido pela Andifes que cada universidade tratará o assunto de forma individual, respeitando a autonomia das instituições.

Qua, 11 de Julho de 2012 12:23 Iara Malta - Ascom  

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